sexta-feira, dezembro 03, 2010

Um dentre os muitos textos produzido em 2006 pelos meus educandos

CHAPEUZINHO VERMELHO E SUAS AVENTURAS NO MUNDO REAL

Karoline-6ª A
Maria Elizabete Nascimento de Oliveira


Certo dia Chapeuzinho Vermelho ao voltar do colégio e passar em frente a uma casa lotérica resolveu apostar a sorte, a sena estava acumulada e não foi que a danada conseguiu ganhar sozinha uma bolada!!!!!!!!... Toda a família festejou o grande feito da menina, só a avô, coitada, não sabia ainda do ocorrido. A avô de Chapeuzinho era roqueira e seu maior sonho era comprar uma moto envenenada e sair cantando pneus pela rua da agitadíssima cidade.
Sabendo desse sonho maluco da velha, a garotinha ao passar por perto da concessionária do Sr Lobo Pé de Chinelo resolveu presentear a avô com a mais bonita das motos, preta, com raios amarelos; e como se não bastasse escrito o seguinte dizer na lateral “saia da frente”.
Contentíssima com a compra seguiu com o seu plano de benfeitora e foi visitar a sua avozinha que morava num condomínio fechado no centro da cidade. Quando lá chegou, disse ao porteiro:
- Oi! Seu José avisa a minha avozinha, do setenta, setenta que sua netinha a está esperando aqui. Ah! Não esqueça de pedir para que ela tome antes aquele remedinho milagroso de pressão.
O porteiro avisou imediatamente a avô de Chapeuzinho, que curiosa com a visita inesperada da neta, foi logo tratando de não deixa-la esperar por muito tempo.
E não é que a danada da velha até me surpreendeu, pois desceu vestida com uma jaqueta preta, calça jeans rasgada na perna, com um lenço de caveira na cabeça e um monte de corrente luzindo, até parecia ouro branco; mas quá, cá entre nós não passava de bugigangas. Bom, mas vamos ao encontro das duas e chega de papo fiado, não é mesmo?
-E aí, netinha; tá na boa?
- E como vô, essa roupa ta maneira, heim?
- Ta certo, mas qual é as boas que te trazem aqui, sua malandra? Sei que tu não dás ponto sem nó.
- Credo vô vim na paz. E olhe que truxe até uma surpresinha. Olhe...
A velha olhava, olhava e não via nada apenas carros buzinando, guardas apitando e um carro da Concessionária estacionado com uma moto sarada. Ela pensou, essa danadinha quer me pregar alguma peça; mas vou ser mais esperta que ela.
- -Que legal minha netinha, tu compraste uma moto pra me presenteá?
- -Isso mesmo vô!
- -Ah, pára de brincadeira e diga logo o que veio fazê.
- -Vim te trazer aquela moto. Ganhei na loteria e vim realizá seu sonho.
A roqueira, mesmo sendo meio aluada, não conseguia acreditar no que estava ouvindo e com lágrimas de alegria, disse aos berros:
- Cara, uma moto? Só pra mim? Não consigo acreditar só pode ser um maravilhoso pesadelo.
Dirigiu em direção ao porteiro que assistiu tudo sem a menor intervenção e pediu:
- Seu Zé me dá um biliscão, mas um biliscão bem duído.
- Mas dona Esquizofrênica vai doer muito.
- Anda logo homi, deixa de sê froxo, nem no meio do meu melhor pesadelo o Sr dexa de ser marica?
O porteiro já irritado e querendo descontar umas poucas e boas que a velha já tinha aprontado pra ele, foi com força e vontade e crau.
- Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Seu velho disgraçado, não era pra tanto!
Vendo, com muita dor, que fazia realmente parte da realidade, a roqueira disse à neta:
- Vamu dá uma vorta, minha fia; comemorá até o raiar do sol.
Assim as duas saíram cantando pneus pela rua da cidade, andaram, andaram e andaram. Visitaram shopping, sorveterias, cinemas, circos, clubes e até pela praça Barão dizem que elas passaram.
Ah! E não se espante se você ao sair encontrar com essas duas maluquetes andando por aí e cuidado para não ser atropelado.

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