quarta-feira, agosto 19, 2009



A POESIA DE MANOEL DE BARROS:
REENTRÂNCIAS PARA UM MUNDO PO-ÉTICO
Manoel de Barros, aborda que: “a gente só chega ao fim quando o fim chega. Então para que atropelar?” (BARROS, 2005, p. 33). Ou “quem acumula muita informação perde o condão de adivinhar: divinare” ( BARROS, 2004, p. 53). Assim, resta a nós, descrever que a poética manoelina, a partir das insignificâncias, mostra que o poeta tem um caso amoroso com as coisas do mundo, e que com esse relacionamento, íntimo e sagaz, ele faz emergir nas palavras polissêmicas, a boniteza do mundo. Portanto, ao poeta, Manoel de Barros, não se pode inferir apenas um infinito. Ele é um ser que acolhe a diversidade, que nos convida a rastejar no chão para ouvir os rumores das coisas ínfimas, a sentir o incêndio que é desencadeado pela simples flor de um girassol, a ser livre como as águas do pantanal e a alçar vôos inimagináveis, conduzidos pela indireção do vento, soprado pela sua poesia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário